se têm então estas megacidades,
vêm acompanhadas de suas megaperiferias,
trazendo cedo,
antes de ver o sol,
um exército de mãos, pés e corações
andando pelos labirintos
dos espaços opacos,
dos sinais intrafegáveis
lá se vêm as megacidades
do porto ao lado
vários achados
presos, hospícios, cadeados.
certezas fúteis que tudo encalha
no noticiário
as mesmas cenas
que foram transmitidas ano passado
histórias dos nossos passos largos,
da concentração da produção no luminoso espaço
no corrimão da vida podre
normal para quem vive a rir
do desprezo fato de todos os seres
que cedo madrugam para resistir
na vida toda desde o nascer,
se vê que corre os rios assim
dia de suor, sem pormenores
com as fardas no corpo pronto a partir
lá se vêm de novo as megacidades
com suas construções horizontais
sem palmo dado sem arriscar
a própria vida,
com sussurros aloprados
são mais de 10 milhões de vidas ali estando
com passeatas, desigualdades e homens fingindo
que tudo é uma maravilha
Cláudio de Souza Mendonça
08.10.2007
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
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